Nacional
Mapa Impermanente
Lucas Damiani e Luísa Capalbo
MAAT Gallery (Receção) 11 Mai 17:00
Centro Cultural de Belém - CCB (Foyer Piso 2, junto ao PA) 17 Mai 17:30 / 24 Mai 17:30
Teatro do Bairro Alto - TBA 1 Jun 17:30 / 2 Jun 18:30

@ Cy Twombly
Lucas Damiani, performer com um percurso consolidado em fotografia, e Luísa Capalbo, arquiteta com experiência em instalações participativas e projetos pedagógicos, aceitaram o desafio dos curadores de criar um mapa visual que revela afinidades formais e conceptuais entre as diferentes propostas artísticas desta edição do CUMPLICIDADES. Em cada apresentação, ativarão esse mapa com o público, desvelando novos sentidos, num exercício de dramaturgia coletiva do Festival.
Cada proposta artística oculta um corpo de textos, desenhos, músicas, partituras, vídeos e outros materiais que acompanham a criação, quer como modo de documentação do processo, quer como fonte de inspiração e influência criativa. Em diálogo com cada artista do Festival, Lucas & Luísa recolhem vários desses materiais e montam um mapa visual e sonoro onde os colocam em relação. Uma cartografia onde podem ser identificados os desejos, motivações e intenções de cada processo, assim como as afinidades e correspondências entre diferentes artistas. Trata-se de uma instalação cumulativa, uma vez que vai integrando o material documental das performances à medida que são apresentadas no Festival. É também uma instalação em constante transformação e de carácter participativo porque em cada um dos locais onde este mapa é apresentado, Lucas e Luísa estarão presentes para o reconfigurar colaborativamente.

LUCAS DAMIANI Uruguay, 1994) é um artista interdisciplinar que trabalha nas interseções entre as artes cênicas e visuais, com formação em fotografia, psicologia, dança contemporânea e performance. Sua obra fotográfica foi exposta tanto de forma individual quanto em exposições coletivas no Uruguai, Itália, Peru, Espanha e Bulgária, e em 2019, recebeu o prêmio e exposição BFOTO Emergentes (Espanha) com o projeto “RECICLARIO” em colaboração com Sara Sinaí. Como performer, tem trabalhado com Guillermo Weickert, Marcelo Evelin, Sofia Dias & Vítor Roriz, Gustavo Ciríaco, Diana Niepce, entre outros. Em Portugal, completou os PACAPs 5 & 6 (Fórum Dança), e desenvolve o projeto HYDRA, uma performance que derrete as fronteiras entre materiais e corpos, criando espaço para o transbordamento do desejo e novos imaginários. Nas intersecções entre performance e arquivo, Lucas tem trabalhado recentemente no MAC-CCB, Lisboa, no marco da exposição “INTROSPECTIVA” de João Fiadeiro (2024), assim como na peça cênica interdisciplinar “cao de sete patas” de Bibi Dória (OEDT, 2024). Em seu trabalho, Lucas investiga as possíveis interações entre as artes visuais e cênicas, imagem e performance, e explora a relação entre diferentes materialidades, o espaço e o corpo.

LUÍSA CAPALBO é formada arquiteta e urbanista pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP, 2021- Brasil). Entre territórios, narrativas e aprendizagens, sua trajetória profissional é enveredada por projetos comunitários e colaborativos cujo enfoque se dá pelas infâncias e pelos possíveis encontros entre o espaço público e os imaginários. Trabalha com concepção, gestão, mediação e produção de dinâmicas lúdico-participativas e construção coletivas. Se dedica também a projetos expositivos e instalações efêmeras, buscando formas de manifestação dos espaços imaginados e narrativas subjetivas na esfera concreta, e, com o mesmo intuito, a projetos autorais literários destinados ao público infantil. Em 2024 colaborou no projeto Paisagem Boldo, de João Gonçalo Lopes e Gustavo Ciríaco, exposto no CCB e neste momento é integrante no Colectivo Til no projeto Assembleia do Desejar, para o Festival Desejar – Braga 25.
CONCEÇÃO E DIREÇÃO Lucas Damiani e Luísa Capalbo
APOIO Noah Rees