JOSEFA PEREIRA (BR/PT) é coreógrafa e performer. Reside em Portugal e transita entre colaborações no contexto de São Paulo, cidade onde cresceu e se formou artisticamente. Concluiu seu mestrado na DAS Choreography – AHK (NL) como bolseira pela Fundação Gulbenkian. Graduou-se em Dança e Performance na PUC-SP (BR) como bolsista do programa PROUNI.
Com forte orientação à prática e à pesquisa, sua abordagem artística envolve o engajamento com materialidades disponíveis e à mão que podem emergir como fabulosas, encantadas ou monstruosas. A sua atenção se debruça sobre um campo de escuta e sensibilidade em que o fazer por diferentes fricções, torna-se capaz de habilitar outros potenciais de agência poéticas e estéticas, gerando transformações, e mutações de formas, estados e percepções. Nesta relação dinâmica entre materiais/colaboradores ou, entre entidades humanas e mais-que-humanas, prioriza-se o pensar colaborativo, a agência cooperativa e em coexistência implicada em cada gesto coreográfico.
Além de seu trabalho autoral e das atividades de ensino, que incluem aulas e workshops, Josefa também atua no campo da dramaturgia, acompanhando artistas em seus diversos processos de criação.
Recentemente, tem se dedicado à criação e circulação de seus trabalhos, incluindo a trilogia Bestiário PINK e Campo Força Chama, que segue em desenvolvimento como Chama Chama Chama.

PATRÍCIA BERGANTIN (BR) é artista do corpo e esquizoanalista. O interesse pelo movimento vem desde sua formação em ballet e segue se desdobrando com a dança contemporânea, até atualmente com práticas somáticas e de improvisação. Além de bailarina e coreógrafa, como educadora percebeu os efeitos terapêuticos que sua prática Corpo Antena cultivava, e tem se dedicado a formações clínicas em Esquizoanálise, em BMC (Body Mind Centering) e SE (Somatic Experiencing). Desde 2019 faz parte da equipe do AND Lab – Centro de Investigação em Arte-Pensamento nas linhas de Comunicação, Cuidado e Artístico-Pedagógica. Então veio a maternidade, que transformou sua perspectiva sobre o cuidado, ampliando-o mais como uma posição ética do que restrita a certos nichos.
Sua atuação perpassa a escuta clínica, a arte e a educação, com o propósito de descondicionar padrões desvitalizantes e proporcionar reposicionamentos subjetivos, autonomia relacional e encantamento. Apaixonada pelo que faz, reconhece que a integração entre corpo e mente, visível e invisível, íntimo e social, é um gesto de criação de pequenos-grandes mundos.
Destacam-se os trabalhos: Mandíbula, Égua e Contágio, em colaboração com Josefa Pereira; Monstra, de Elisabete Finger e Manuela Eichner; Duplos, projeto de Improviso de Talita Florêncio e Thiago Salas.
Apresentou-se em lugares como: Moderna Dansteatern (Estocolmo, SE/2024); Fort Royal (Cannes, FRA/2022); Moderna Museet (Malm|, SE/2020); Bienal de Dança (Campi, BR/2019); FIDCU (Montevideu, UR/2018); Museu de Arte Moderna (MAM-SP/2018) Formada em Ballet Clássico pela Escuela Nacional de Cuba (ENBC), é também graduada no curso de Letras da USP.