Cumplicidades 2025
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Ideias para o Futuro

O auditório da Fundação Champalimaud, lugar de comunicação do que se faz de mais inovador nas diferentes áreas de investigação científica e da medicina, será palco para artistas e cientistas partilharem com o público os seus projetos para o futuro, numa sequência de palestras/performances ancorados na realidade ou de mãos dadas com a ficção. Um evento singular onde se revelam as afinidades da arte e da ciência na sua curiosidade pelo desconhecido.
Ideias para o Futuro parte de um desafio a artistas e cientistas para partilharem com o público projetos e ideias para daqui a 10, 20 ou 30 anos. Um longo prazo, que faz com que qualquer tentativa de fidelidade com o real tenha de ser compensada com uma grande dose de imaginação e ficção. É neste equilíbrio instável entre realidade e ficção que artistas e cientistas se encontram para dar voz a desejos, utopias ou distopias, mundivisões e formas de pensar a continuidade das suas áreas.
Num festival, onde o excesso foi declarado como condição de existência, é possível que algumas destas palestras transbordem do seu formato convencional e que tanto artistas como cientistas se deixem levar pelo “performativo” nos 12 minutos que dispõem para a sua comunicação.
Ideias para o Futuro pretende deslocar-nos, durante algumas horas, para lá de um presente que reclama pela nossa atenção com uma intensidade quase obscena e que teima em furtar-nos a capacidade de imaginar coletivamente o futuro. Mais do que uma forma de escapismo, Ideias para o Futuro é uma tentativa de recuperar alguma distância crítica sobre o nosso presente, dando a ver o modo como arte e ciência estão intrinsecamente ligadas pela imaginação, o conhecimento e a experimentação.

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ANA BORRALHO & JOÃO GALANTE
Ana Borralho e João Galante conheceram-se enquanto estudavam artes plásticas no AR.CO (Lisboa) e trabalharam juntos regularmente na década de noventa (séc.XX) como actores/co-criadores com o grupo português de teatro Olho, em Cacilhas/Almada.
Desde 2002 trabalham em parceria nos campos da performance-arte, dança, teatro, instalação, fotografia, som e vídeo.
Ana Borralho & João Galante são um casal na vida, uma entidade com dois corpos, elemento biográfico essencial para a compreensão do seu trabalho.
Criaram com Mónica Samões a associação cultural casaBranca e são directores artísticos do Festival Verão Azul, no Algarve.
Desde 2004 o seu trabalho tem sido exibido em festivais internacionais em Portugal, França, Espanha, Suíça, Escócia, Brasil, Emirados Árabes Unidos, Japão, Itália, Inglaterra, Alemanha, Áustria, República Checa, Eslováquia, Finlândia, Estónia, Polónia, Hungria, Holanda, Canadá, Islândia, Áustria, Grécia e Eslovênia.
Vivem e trabalham entre Lisboa e Lagos (Portugal).

GUSTAVO CIRÍACO (Rio de Janeiro) é um coreógrafo e artista transdisciplinar brasileiro cujo trabalho transita entre as artes cénicas e as artes visuais. Através de exposições e projectos site-specific, explora a relação entre corpo, espaço e imaginação, investindo na política do encontro numa investigação contínua da presença, da perceção e da arte expandida de fazer danças. A sua prática centra-se nos contextos históricos, materiais e afectivos nos quais estamos imersos, explorando as interseções entre arquitetura, paisagem e ficção por meio de performances imersivas e conversacionais. O seu trabalho tem sido apresentado em todo o mundo, incluindo Crossing the Line (Nova Iorque), Museu de Arte Moderna (Rio de Janeiro), Tokyo Wonder Site (Tóquio), Tanz im August (Berlim), Bienalsur (Buenos Aires), Julidans (Amesterdão), MAAT (Cairo), NAVE (Santiago), Mercat de Flors (Barcelona), e Museu de Serralves (Porto), entre outros.

PINY acredita numa criação artística livre, social e politicamente conectada. É bailarina, performer, coreógrafa, pesquisadora, produtora e professora de práticas cruzadas.
Natural de Lisboa de ascendência angolana, Piny formou-se em Arquitectura e fez uma pós-graduação em Cenografia, ambas na Faculdade de Arquitectura de Lisboa. Depois, concluiu a licenciatura em Dança Contemporânea em Lisboa.
Em 1999, começou a estudar danças do Médio Oriente e Norte de África e suas experimentações e fusões contemporâneas, e desde 2006 também se dedicou à cultura Hip Hop e Clubbing, através da dança (Breakdance, House, Waacking, Vogue), Djing e graffiti. A sua formação foi feita entre a partilha informal na rua e aulas entre Lisboa, Paris, Amesterdão, Nova Iorque e outras cidades. Em 2006, fundou a crew ButterflieSoulFlow e em 2012, o coletivo Orchidaceae, apresentando o seu trabalho e lecionando entre a Europa, Ásia e América. Co fundou o coletivo Vogue PTChapter, organizando eventos dentro da comunidade Ballroom. Desenvolve o seu trabalho como performer, tendo colaborado com artistas como Marco da Silva Ferreira, Vitor Hugo Pontes, Raquel Castro, Cristina Planas Leitão, Boris Charmatz, Filipa Francisco, Tânia Carvalho, Tiago Guedes, Batida, Chullage, Vânia Doutel Vaz, entre outres.
Desenvolve o seu próprio trabalho, destacando nos últimos anos as peças “Geometria Sagrada – um estado meditativo”, “Periférico” em colaboração com o artista visual Vhils, “HIP. a pussy point of view”, “Entre a realidade e o sonho onde me sento”, “.G RITO” e “ONYX”.
Em 2023 iniciou o festival OU.kupa, em Lisboa, festival-celebração centrado no pensamento, recolha de arquivo e criação artística dentro das danças de rua e clubbing. Nos últimos anos tem desenvolvido trabalho de curadoria, produção de eventos, formação, programação e mentoria. Segue estudando e elaborando formas alternativas de entender a interseccionalidade no estar e fazer, através do estudo de astrologia, tarot, hatha yoga, Advaita Vedanta e filosofias não eurocentradas.

TIAGO CADETE – Artista transdisciplinar
Desenvolve objetos artísticos que lidam com os conceitos de História, Memória, Identidade e Migração.
Doutor em artes PPGAV-UFRJ, onde é mestre pela mesma instituição. Licenciado em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema. Foi bolseiro da GDA- Gestão dos Direitos dos Artistas na Pós Graduação em Sistema Laban/Bartenieff- Faculdade de dança Angel Vianna/ Laban. Tem o curso Aprofundamento_Criação Artística Escola de Artes Visuais Parque Lage.
Criou: MONUMENTO (2025); MANJAR (2023); CONCERTO (2023); BRASA (2021); ATLÂNTICO (2020); FIUME (2020); CICERONE (2020); ENTREVISTAS (2018); ALLA PRIMA (2016); GOLDEN (2014); HIGHLIGHT (2011). Co-criou: CORTEJO (2022) com Solange Freitas ; APAGÃO (2017) e CRITIQUE (2020) com David Marques; FESTIM (2012) com Solange Freitas e Catarina Vieira. Entre 2011 e 2013 colaborou com Raquel André tendo criado: TURBO_LENTO (2013); LAST (2012) e NO DIGITAL (2011). Colaborou com o Serviço Educativo da Culturgest, destacando as criações GULLIVER (2019) OUTROS MODOS DE VER (2019), PANGEIA (2017), A HISTÓRIA QUE NÃO QUERIA SER LIVRO (2013) e A CAIXA MÁGICA (2011). Colaborou com o Serviço Educativo do Convento de São Francisco – Coimbra, destacando a criação CENSURA (2024)
Investigador no Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Professor Adjunto Convidado – Mestrado e Licenciatura-Escola Superior de Dança (2022/2024). Foi mediador do Projecto Geração Futurama (2022) e formador no Práticas expandidas CAMPUS-PCS (2025). Orientou diversos workshops em vários países europeus, sul-americanos, asiáticos.
Director artístico da estrutura Co-pacabana desde 2018. Artista associado à EIRA entre 2010-2017.

ANA MAIA é médica interna de Psiquiatria na Unidade Local de Saúde de Lisboa Ocidental e estudante de doutoramento na Unidade de Neuropsiquiatria da Fundação Champalimaud. Interessa-se pela compreensão do comportamento humano, com foco no estudo das interações mente-corpo, nomeadamente na relação bidirecional entre emoções, pensamento, comportamento e o sistema imunitário. Nos tempos livres gosta de se sentar ao piano e de dar voz a poemas pela cidade de Lisboa.

JOHN KRAKAUER é Professor de Neurologia, Neurociência e Medicina Física e de Reabilitação na Johns Hopkins University School of Medicine (EUA), onde detém a cátedra John C. Malone. É também Professor Externo no Santa Fe Institute (EUA). Neurologista e neurocientista, investiga o sistema motor e a recuperação funcional após AVC. É Chief Medical Advisor da empresa suíça MindMaze e colaborador de longa data da Champalimaud Research, onde lidera futuras iniciativas em neurociência clínica e neurotecnologia. A sua experiência conjuga investigação, prática médica, inovação tecnológica e integração de artena saúde.

I. MEMMING PARK é Investigador Principal do laboratório Neural Dynamics no Centro Champalimaud. O seu principal interesse reside na intersecção entre neurociência e inteligência artificial, com foco no processamento de informação temporal. O seu objetivo é compreender algoritmos cognitivos (por exemplo, de tomada de decisão ou memória de trabalho) através da aplicação de métodos de aprendizagem automática estatística a dados neuronais. Foi professor associado de Neurobiologia e Comportamento na Stony Brook University. É licenciado em Ciência da Computação pelo KAIST, mestre em Engenharia Electrotécnica e doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade da Florida, tendo realizado o pós-doutoramento com Jonathan Pillow. Foi distinguido com o prémio NSF CAREER e o SBU Discovery Prize.

RITA FIOR é bióloga do desenvolvimento, com foco na forma como as células se comunicam e interagem entre si. Desenvolveu o modelo zAvatar para terapia oncológica personalizada, atualmente em fase de ensaio clínico randomizado. O seu trabalho tem sido amplamente reconhecido em revistas científicas de referência e meios de comunicação, sendo considerado um marco na área. O seu laboratório estuda também a interação entre células tumorais humanas e a imunidade inata do peixe-zebra. Rita foi distinguida com diversos prémios e tem vasta experiência no ensino. É co-autora e editora de um manual sobre biologia molecular e celular do cancro.

TIAGO MARQUES é Investigador no Centro Clínico Champalimaud, onde co-lidera o Digital Surgery LAB, e Professor Auxiliar Convidado na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa. Desenvolve tecnologias para tratar o cancro aliando AI, imagem médica e realidade aumentada. Doutorado pela Fundação Champalimaud, foi investigador no MIT, onde estudou a percepção visual e desenvolveu algoritmos de IA. É mestre em Engenharia Física Tecnológica pelo IST, com trabalho em controlo e aquisição de dados para Fusão Nuclear.

ARTISTAS Ana Borralho & João Galante, Gustavo Ciríaco, Piny, Tiago Cadete
INVESTIGADORES DA FUNDAÇÃO CHAMPALIMAUD Ana Maia, John Krakauer, Memming Park, Rita Fior, Tiago Marques