Nacional
Dança sem Idade “Jornadas 45+”
Teatro Taborda 24 Mai 21:00 / 25 Mai 21:00

Esta apresentação pública das Jornadas 45+ conclui um processo iniciado em 2023, com vários momentos de reflexão e experimentação artística com profissionais da dança, e que teve como objetivo um modelo que privilegia o encontro entre pares. As Jornadas 45+ aspiram a uma dinâmica mais horizontal e não hierárquica, sendo esta partilha com o público uma reunião de diferentes investigações e resultados. Fazem parte do programa em curso Dança sem Idade, coordenado por Francisco Camacho e Diego Lasio, que a EIRA promove no âmbito de um protocolo com a Universidade de Cagliari – Departamento de Pedagogia, Psicologia e Filosofia. O objetivo é responder à necessidade de plataformas que incentivem a receção e a atividade de profissionais seniores, tendo em conta a sua especificidade, a aquisição e partilha de saberes, com a aplicação renovada de ferramentas adquiridas ao longo de carreiras vividas na dança contemporânea. Queremos contrariar a menor visibilidade destes profissionais e contribuir para a desconstrução de ideias pré-estabelecidas e não questionadas sobre a idade a que se pode dançar. Trazer esta questão para o centro da atenção permite-nos lançar um olhar mais amplo sobre o corpo e o indivíduo na sociedade, desafiando parâmetros de exclusão que atingem tantos segmentos da população.
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ANA CAETANO (Lisboa, 1970) é bailarina, performer e artista plástica. Iniciou a sua formação artística na dança contemporânea, estudando na Escola de Dança do Ballet Gulbenkian, antes de integrar a companhia. Posteriormente, dançou no Centre Chorégraphique National de Grenoble, sob a direção de Jean-Claude Gallotta, e participou em projetos pontuais, colaborando com coreógrafos como Francisco Camacho, Olga Roriz, Paulo Ribeiro e Joanne Leighton. Ao longo da sua carreira, tem explorado o corpo em movimento como eixo central da sua expressão artística, desafiando os limites físicos no cruzamento com outras disciplinas, nomeadamente as artes plásticas, tendo-se formado no Ar.Co em 2016. Interessa-se pela relação entre corpo, espaço e desenho, explorando o movimento, a resistência física e novas formas de experimentação e criação artística.

CARLA SOFIA. Artista e Professora nas áreas da dança, teatro, educação e produção em projectos interdisciplinares. Em dança, desenvolveu o seu trabalho principalmente em danças do mundo, com foco nas danças do Norte de África e dança contemporânea. Entre outros projectos profissionais, enquanto artista, destaca a participação em “Corbeaux” de Bouchra Ouizguen (Festival Alkantara 25 [2018]); bem como a co-coordenação, formação em dança e direcção artística do projecto ARTIVAR, em colaboração com a Associação Sempre Ligados e apoio da CML desde 2022. Membro do Conselho Internacional de dança da Unesco. Dedicou-se também ao teatro enquanto actriz, expressando-se sempre através destas duas artes performativas, dança e teatro. Licenciada em “Línguas e Literaturas Modernas: Português-Francês”, é praticante de yoga e fez formação em diferentes estilos de dança com professores e coreógrafos de variadas partes do mundo (dança contemporânea, moderna, barra-no-chão, danças tradicionais/mundo, teatro e ritmos latinos), terapia pelo movimento através da técnica Sherborne e Dança na Comunidade no Fórum Dança; com um interesse particular nas raízes identitárias no corpo e no movimento, da ancestralidade para a modernidade.

FRANCESCA BERTOZZI. Bailarina, performer, assistente e formadora de dança, movimento para atores e práticas somáticas. É professora certificada de Dança Sensível (Danza Sensibile®), prática original de Claude Coldy. Trabalhou com: Tiago Guedes, Victor Hugo Pontes, Inês Jacques e Mão Morta, entre outros. Como actriz interpreta, no papel principal de Inês, o espectáculo de teatro imersivo E Morreram Felizes Para Sempre. É coreógrafa dos solos: Náufrago e Pensando a Ofelia e da peça Entre este Corpo e o Mundo. Pela Companhia de Teatro de Almada coreografa os espectáculos: O Feio, Noite da Liberdade, Bonecos de Luz e Migrantes. Foi formadora em: Ar.Co, Festival Materiais Diversos, F.O.R.,Teatro Maria Matos, Inimpetus, entre outros. Como intérprete e professora, aborda a sua pesquisa em diferentes temas e metodologias criativas, através de práticas somáticas e dos princípios da Dança Sensível.

MARINA QUAY (n.1972, Lisboa) estudou desenho e escultura na AR.CO, em Lisboa. Licenciou-se em Línguas e Literaturas (UNL-FCSH) e formou-se em dança contemporânea no C.E.M e no Forum Dança (Lisboa). Em 2007 concluiu o mestrado em Coreografia no Dartington College of Arts (agora Falmouth University), no Reino Unido. Tem especial interesse na fisicalidade do corpo em movimento enquanto potenciador da imaginação, e enquanto veículo de pensamento não-dicotómico, de prazer, e de expressão e conexão consigo mesmo e com os outros. Interessa-se pela interseção da dança com a voz e o texto, e coma luz e os objetos. Trabalha como artista de dança contemporânea e como professora de dança na comunidade.

MARTA COUTINHO. Artista, professora, produtora, trabalha desde 1996 nas áreas da dança e educação em projetos multidisciplinares, destacando: Artista co-criadora e intérprete de TAKATUM (espetáculos e ateliês para a infância e famílias); Artista do Programa do IPDJ Cuida-te+ “Bem-estar na dança” com a ONGD “Sol Sem Fronteiras”; Formadora em Expressões – Dança (Conselho Científico-Pedagógico da Formação Contínua); Artista co-criadora e bailarina do projeto BULE-BULE – Novas Danças Tradicionais; Associação Yehudi Menuhin Portugal: Formadora e artista do Projeto MUS-E; Bailarina em GUST9723 e GUST de Francisco Camacho; Projetos PARTIS e PARTIS & Art for Change Fundação Calouste Gulbenkian e Fundação La Caixa: “ZHA!” Visões Úteis; “Bowing” de Madalena Victorino; “Margens” de Madalena Victorino; Movimento e Dança da “Trupe Sénior” do Chapitô; Projetos com a Cooperativa Largo Residências: “Bollywood no Largo”, “GLUM”, “Bailarindo”, “Comida ConVida”, “Bairro em Festa”. Trabalhos publicados: “A vida do corpo”, artigo em “Educação Artística 2010-2020” ESELX e CIED; “Zampadanças do mundo”, Edicións Cumio; “Asas para que te quero!” e “Já fui ao Museu”, Instituto Português de Museus.

SARA PANIAGUA, nascida em Bilbau em 1973, é uma artista cuja prática abrange a dança, a performance e as artes visuais. Ao longo da sua carreira profissional, colaborou com diversos criadores e companhias, mantendo sempre o foco na exploração de novas formas de expressão artística. Para além do seu trabalho em palco, aventurou-se no campo do cinema experimental e das instalações, criando peças que refletem sobre a relação entre o corpo, a perceção e os limites da representação. O seu trabalho é marcado por uma busca contínua de inovação nas linguagens artísticas, cruzando disciplinas e desafiando convenções estabelecidas.

TONY OMOLU é uma artista híbrida, cuja poética se define por uma constante busca de transcender as fronteiras do corpo e da representação eurocentradas. Navegando entre as águas do teatro, das danças de matriz africana do Brasil e da dança contemporânea, sua criação é permeada pela experiência cuir e antirracista enquanto o fazer artístico é um instrumento de ação ético-estético-política, onde o corpo se dilata, expandindo-se em energia ancestral, desafiando convenções e normatividades. Seus trabalhos integram estéticas e técnicas enraizadas na amefricanidade, um conceito central que orienta sua prática artística e seu pensamento. teve performances apresentadas no Alkantara, Teatro São Luiz, MAAT, Valsa dentre outros. É mestre em teatro com investigação sobre metodologia em dança afro-brasileira, é pós-graduada em Interpretação teatral e licenciada em Filosofia. co-fundadora do coletivo afrontosas nascido em 2022
ORIENTAÇÃO Francisco Camacho e Diego Lasio
CO-CRIAÇÃO E INTERPRETAÇÃO Ana Caetano, Carla Sofia, Francesca Bertozzi, Marina Quay, Marta Coutinho, Sara Paniagua, Tony Omolu
DIRECÇÃO TÉCNICA Alexandre Costa
GRAVAÇÃO E TRATAMENTO SONORO Ruca Rebordão
CENÁRIO E FIGURINOS Colectivo
REGISTO VÍDEO – DOCUMENTÁRIO Sara Morais e Sofia Afonso
PRODUÇÃO EIRA / Festival Cumplicidades
APOIOS À CRIAÇÃO c.e.m – centro em movimento, Casa do Jardim da Estrela – Um Teatro em Cada Bairro, Teatro da Garagem
APOIO FINANCEIRO República Portuguesa – Cultura / DGARTES – Direção-Geral das Artes, Câmara Municipal de Lisboa